Especial
Seminário de Responsabili
de voluntariado co
Este ano, 248 cooperativas integraram a ca
beneficiando mais de 366
“Qual o legado que você vai deixar ao
mundo?” Foi com esta pergunta que o presi-
dente do Sistema Ocemg, Ronaldo Scucato,
abriu as atividades do X Seminário de Res-
ponsabilidade Social das Cooperativas Mi-
neiras, realizado no dia 07 de dezembro, no
Espaço de Eventos da Unimed-BH. Encontro
que, além de apresentar os resultados das
ações de voluntariado cooperativista reali-
zados na campanha do Dia de Cooperar
(Dia C) 2016, reafirma a força do projeto
e o legado social que as cooperativas vêm
deixando em todo o Estado.
Este ano, foram 151 projetos realiza-
dos a partir do o Dia C, que vão desde a
arrecadação e doação de alimentos, roupas
e materiais de higiene e limpeza, a reformas
de instituições. Estas ações envolveram a
população e beneficiaram cada cidade em
que as cooperativas estão inseridas.
Mais de 160 cooperativistas trocaram
experiências durante o evento, de modo a
ampliarem ainda mais suas atividades no
âmbito da promoção social para 2017, sem
esbarrar no assistencialismo. “Estamos aqui
alegres para falar sobre a bondade. O Dia
C não pode ser encarado como caridade,
não pode ser visto como piedade, como dó.
Ele foi estruturado com o foco da generosi-
dade, da devolução para a sociedade da-
quilo que ganhamos”, relembrou Ronaldo
Scucato.
Legado para o mundo
Em resumo, o seminário teve como
mote a ação conjunta de voluntários e co-
operativistas em busca de contribuir econô-
mica e socialmente para as cidades em que
estão presentes. Propósito que foi reafirma-
do na palestra do professor associado da
Fundação Dom Cabral (FDC), Pedro Lins.
Lins envolveu a plateia em uma ação
lúdica de recolhimento de donativos em
dinheiro, levando à reflexão sobre as dife-
renças entre mero assistencialismo e volun-
tariado com propósito, que de fato leva a
mudança a quem precisa. Ele finalizou com
um recado sobre motivação e razão de ser,
propondo uma resposta à questão formulada
na abertura. “Só devemos trabalhar em or-
ganizações que façam a diferença. E só tra-
balhem se vocês forem fazer a diferença. Isso
é deixar um legado para o mundo”, disse.
Voluntariado transformador
Além da palestra, o professor Pedro
Lins mediou um bate-papo com a gesto-
ra do Instituto Unimed-BH, Cíntia Rober-
ta de Carvalho Campo, e as convidadas
Laís Costa, que começou como aprendiz
e hoje atua como assistente ao cliente na
Unimed-BH, e Ivaneide da Silva Souza, re-
presentante da Rede Sol, uma central que
congrega 14 cooperativas de catadores de
lixo.
Cíntia ressaltou a importância
de se investir em mecanismos que
garantam perenidade das ações de
Responsabilidade Social em uma
cooperativa. “As organizações que fazem
projetos de acordo com suas diretrizes
tendem a continuar nessa linha. Porém, se
as ações de voluntariado forem um sonho
de um dirigente ou cooperado, quando
essa pessoa sair daquela organização, a
iniciativa perde força”, frisou.
Durante
o
bate-papo,
ficou
evidenciada a importância das ações
sociais e de voluntariado e de como
elas transformam a vida daqueles que a
recebem. No caso da Rede Sol, o apoio
do Instituto Unimed-BH foi fundamental
para a criação de uma nova identidade
e reconhecimento da organização.
“Inicialmente, víamos a necessidade
de nos lançar no mercado, e o Instituto
Unimed-BH orientou que precisávamos
de uma marca forte, para que as pessoas
nos vissem e nos identificassem, e isto foi
trabalhado com a gente. Hoje, a sociedade
nos vê como profissionais”, explicou.
Para Laís, a mudança de vida veio a
partir do exemplo e da rotina de trabalho
enquanto ela era ainda integrante do pro-
jeto de jovens aprendizes da Unimed-BH.
“Eu me inscrevi para participar do Jovens
Profissionais pensando que seria só mais
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Informativo do Sistema Ocemg - Ano XV - Nº 302 - Dezembro 2016