Jornal Cooperação Julho - page 4

Encontros
III Seminário Nacional de Transporte Cooperativo
discute inovação para o setor em BH
Comoobjetivode fomentar as discussões
sobre o atual cenário das cooperativas de
transporte no Brasil, o Sistema OCB realizou,
nos dias 14 e 15 de junho, a terceira edição
do Seminário Nacional de Transporte
Cooperativo. O encontro aconteceu na sede
do Sistema Ocemg, em Belo Horizonte, e
reuniu mais de 80 pessoas.
A mesa de abertura foi composta pelo
presidente do Sistema Ocemg, Ronaldo
Scucato; pelo superintendente do Sistema
OCB, Renato Nobile, representando o
presidente Márcio Lopes de Freitas; pelo
coordenador nacional do Ramo Transporte,
Abel Paré; e pelo representante de Minas
Gerais no Conselho Consultivo do Ramo
Transporte, Evaldo Matos.
Na ocasião, Ronaldo Scucato falou so-
bre o cenário do transporte cooperativo, sua
história, transformações e consolidação no
Brasil, provocando o público quanto ao pen-
samento estratégico das cooperativas para a
tomada de decisões adequadas. “O trans-
porte cooperativo era frágil, mas ele vem
se desenvolvendo e a cada dia se fortalece
mais no país. Não ignorem a trajetória do
cooperativismo, façam história e continuem
caminhando com sabedoria, pois estamos no
rumo certo”, enfatizou.
Corroborando, o superintendente do
Sistema OCB, Renato Nobile, explicou que
o seminário é uma prova concreta de que o
movimento cooperativista está no caminho
certo. “É muito bom ver que nossas ações,
realizadas em parceria com as unidades esta-
duais, representam um círculo virtuoso. Afinal
de contas, o reflexo de tudo que fazemos tem
chegado à cooperativa. E é esta a nossa fun-
ção. Ao mesmo tempo que isso nos motiva a
trabalhar mais, nos coloca sobre os ombros
uma responsabilidade muito maior, no sen-
tindo de melhorar a rotina operacional das
cooperativas brasileiras”, comentou Nobile.
Leonardo Araújo, professor e pesqui-
sador da Fundação Dom Cabral, ministrou
uma palestra sobre Inovação como Escolha
Estratégica no contexto das cooperativas. “A
inovação precisa ter cultura. Além da inten-
ção de inovar, é preciso que as empresas
instiguem a criação de projetos e dediquem
tempo para isso. Se ela não estimula esse
tipo de comportamento entre seus profissio-
nais, eles vão ficar muito presos no presente”,
explicou.
Para abordar o tema “Tecnologia e
o cooperativismo de transporte” foram
convidados Evaldo Matos, presidente da
Fetranscoop e representante de Minas Gerais
no Conselho Consultivo do Ramo Transporte;
Abel Paré, coordenador nacional do ramo
Transporte e presidente da Rede Transporte;
Osni Roman, presidente da Coopercarga
e Aristeu Pichorin, diretor comercial do
Aerotáxi; além de representantes da OCB
e do Sescoop Nacional e das Unidades
Estaduais.
Cada um abordou, em 15 minutos, os
gargalos e benefícios que a tecnologia traz
para seu negócio, e como as instituições
acompanham as transformações do merca-
do. O painel foi mediado pelo superinten-
dente do Sistema Ocemg, Alexandre Gatti
Lages.
A apresentação do conceito e platafor-
ma Bandeira Única finalizou as discussões da
manhã. Os programas voltados para o setor
de transporte foram abordados por Matos e
Paré, bem como ações para viabilizar sua
aplicação no cooperativismo.
No período da tarde houve apresenta-
ção da Rede Transporte e um painel sobre a
importância da harmonização de processos
nas cooperativas de transporte, além do lan-
çamento dos Manuais Operacional, Contábil
e Tributário do Ramo Transporte.
Manuais
O Sistema OCB lançou a versão digital
de uma série de manuais voltada para as
cooperativas brasileiras dos ramos Transporte
e Agropecuário. Seu conteúdo permite
orientar os profissionais das cooperativas e
os prestadores de serviço, contribuindo para
o estabelecimento de padrões nos processos
contábil, tributário, fiscal e operacional,
garantindo, desta forma, o atendimento às
legislações específicas.
O trabalho foi desenvolvido com o
apoio de um Grupo Técnico constituído es-
pecialmente para a elaboração destes do-
cumentos e contou com a participação de
representantes de todas as regiões do país,
além da realização de visitas técnicas às coo-
perativas para compreender seu
modus ope-
randi
no atual cenário produtivo.
Grupo técnico
Aproveitando a participação no
Seminário, um grupo formado por 15
dirigentes e técnicos de diversas Unidades
Estaduais e daOrganização das Cooperativas
Brasileiras (OCB) se reuniu para debater
temas relativos ao setor cooperativista de
transporte. A reunião das Câmaras levantou
os dados que serão conversados nos
encontros do Conselho de Transportes, a fim
de pautar as decisões futuras em prol deste
segmento. Ao longo de todo o ano serão
realizadas oito reuniões, quatro das Câmaras
e quatro entre os conselheiros.
Entre os assuntos abordados no
primeiro encontro estavam o ICMS cobrado
das cooperativas do ramo em cada Estado,
o projeto Bandeira Única, a criação de
manuais, a linha de crédito do BNDES
para cooperativas, padronização da frota
escolar, entre outros. “É fundamental termos
essas reuniões periódicas. Esse setor, dentro
dos 13 ramos, talvez seja o que tem mais
demandas, porque os temas são muito
diversos. Precisamos, portanto, nos mobilizar
para alcançar os resultados”, explica Thiago
Barros, analista técnico e econômico da OCB
e responsável pelo Ramo Transporte.
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Informativo do Sistema Ocemg - Ano XV - Nº 297 - Julho 2016
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